Aproveito este espaço para informar aos leitores deste blog que no dia 24 de junho estarei no 13º Congresso de Comunicação Interna, que está sendo organizado e promovido pelo grupo internacional Informa (IBC).
Junto com João Cabral, Agência Click, participarei como palestrante do painel Reputação da Empresa nas Redes Sociais: como Lidar com a Inserção do Colaborador neste Tipo de Mídia.
Um blog de comunicação empresarial e pública, dedicado aos estudos e reflexões sobre o universo digital
domingo, 12 de abril de 2009
Uma aula de comunicação: o Plano Real, por Silvio Santos
Fernando Henrique Cardoso, provavelmente sem querer, deu uma aula sobre comunicação em gestão de crise, em evento promovido pela Fecomercio sobre os 15 anos do Plano Real.
Ao contar a história do Plano Real, FHC comentou que, logo após seu lançamento, ele, na condição de ministro da Fazenda, mantinha conversas diárias com a imprensa com o objetivo de explicar e detalhar exaustivamente o Plano. Num domingo ele foi ao SBT para participar do Programa Silvio Santos, na época um programa de muita audiência junto à população com menos acesso à informação.
Ao chegar no SBT, FHC conversou longamente com o Silvio Santos e explicou, detalhadamente, o Plano para ele. Silvio ouvia com atenção, fazia muitas perguntas e pedia que ele explicasse novamente diversas vezes.
Começa o programa. Silvio Santos, com o carisma que é a sua marca, saúda a platéia, chama o público de “minhas colegas de trabalho” e bate-papo como se estivesse numa enorme sala de estar. Anuncia a presença do ministro da Fazenda e, em seguida faz, ele mesmo, uma brilhante e didática explicação do que era o tal Plano que, há dias, fazia parte da rotina dos brasileiros. FHC ficou surpreso com a forma como ele conseguiu traduzir, com tanta simplicidade, algo tão complexo.
Este deve ter sido um dos fatores de sucesso do Plano Real. Deste episódio podemos tirar as seguintes conclusões:
1. Num momento de crise, não fuja. Comunique permanentemente;
2. O melhor porta-voz é sempre do alto escalão. Sua presença dá credibilidade e ressalta o real envolvimento da empresa na gestão do processo;
3. “Passar o briefing” para os profissionais de comunicação é dedicar-se aos detalhes. Explique, seja detalhista e não use filtros;
4. Em relação à imprensa, o preconceito é seu maior inimigo. Jamais negue informação a mídia alguma: todos têm credibilidade junto ao público aos quais se destinam;
5. Comunicação é técnica. Os profissionais de comunicação são especialistas em traduzir o complexo em simples e em adaptar a mensagem para cada segmento de público. Não assuma este papel: o risco é muito grande!
E, muito cá entre nós, se a boa comunicação conseguiu explicar o que era URV – Unidade Real de Valor – para milhões de brasileiros, uma boa gestão de comunicação conseguirá, também, comunicar fatos igualmente complexos. Traduzir e adaptar são as palavras-chave.
Gisele Lorenzetti é diretora executiva da LVBA Comunicação
Artigo publicado anteriormente no blog Gestão de Relacionamentos.
Ao contar a história do Plano Real, FHC comentou que, logo após seu lançamento, ele, na condição de ministro da Fazenda, mantinha conversas diárias com a imprensa com o objetivo de explicar e detalhar exaustivamente o Plano. Num domingo ele foi ao SBT para participar do Programa Silvio Santos, na época um programa de muita audiência junto à população com menos acesso à informação.
Ao chegar no SBT, FHC conversou longamente com o Silvio Santos e explicou, detalhadamente, o Plano para ele. Silvio ouvia com atenção, fazia muitas perguntas e pedia que ele explicasse novamente diversas vezes.
Começa o programa. Silvio Santos, com o carisma que é a sua marca, saúda a platéia, chama o público de “minhas colegas de trabalho” e bate-papo como se estivesse numa enorme sala de estar. Anuncia a presença do ministro da Fazenda e, em seguida faz, ele mesmo, uma brilhante e didática explicação do que era o tal Plano que, há dias, fazia parte da rotina dos brasileiros. FHC ficou surpreso com a forma como ele conseguiu traduzir, com tanta simplicidade, algo tão complexo.
Este deve ter sido um dos fatores de sucesso do Plano Real. Deste episódio podemos tirar as seguintes conclusões:
1. Num momento de crise, não fuja. Comunique permanentemente;
2. O melhor porta-voz é sempre do alto escalão. Sua presença dá credibilidade e ressalta o real envolvimento da empresa na gestão do processo;
3. “Passar o briefing” para os profissionais de comunicação é dedicar-se aos detalhes. Explique, seja detalhista e não use filtros;
4. Em relação à imprensa, o preconceito é seu maior inimigo. Jamais negue informação a mídia alguma: todos têm credibilidade junto ao público aos quais se destinam;
5. Comunicação é técnica. Os profissionais de comunicação são especialistas em traduzir o complexo em simples e em adaptar a mensagem para cada segmento de público. Não assuma este papel: o risco é muito grande!
E, muito cá entre nós, se a boa comunicação conseguiu explicar o que era URV – Unidade Real de Valor – para milhões de brasileiros, uma boa gestão de comunicação conseguirá, também, comunicar fatos igualmente complexos. Traduzir e adaptar são as palavras-chave.
Gisele Lorenzetti é diretora executiva da LVBA Comunicação
Artigo publicado anteriormente no blog Gestão de Relacionamentos.
Mais uma edição do Prêmio ABRP
De 13 de abril até 16 de maio, estudantes de todo o país de graduação e pós-graduação da área de RP terão a oportunidade participar da 27ª edição do Prêmio ABRP – Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas.
Os interessados deverão preencher uma ficha de inscrição que está no site da ABRP-SP e ler atentamente o regulamento. Os trabalhos devem ser enviados, junto com a ficha de inscrição e o comprovante de pagamento correspondente à categoria inscrita, para a sede da ABRP-SP.
Os interessados deverão preencher uma ficha de inscrição que está no site da ABRP-SP e ler atentamente o regulamento. Os trabalhos devem ser enviados, junto com a ficha de inscrição e o comprovante de pagamento correspondente à categoria inscrita, para a sede da ABRP-SP.