Qualquer discussão sobre estratégias de mídias sociais para empresas ou poder público deve ser sustentada pelas provocações do Pós-Humano. A relação do indivíduo com a tecnologia passa por um processo intenso de mudança. O desenvolvimento tecnológico tem tomado o próprio homem como objeto, não apenas interferindo sobre ele em termos de induções comportamentais, mas também atingindo dimensões internas da organização do pensamento e das emoções. É a cultura digital, a vida no Ciberespaço.
O filósofo Franklin Leopoldo e Silva nos provoca quando propõe a idéia de que podemos redefinir os limites do humano e da tecnologia, dada a simbiose entre a máquina e o homem. Entendo que a nossa condição atual parece, de fato, ser neototêmica e que corremos o risco de perder a compreensão sobre o limite de nosso corpo e o resto. Quando o nosso processo de conhecimento se produz na tela, quando se verifica o deslocamento do conteúdo de nossa mente para a internet, desaparece também o limite que separa e diferencia a nossa consciência pessoal.
Outro aspecto relevante é entender que podemos criar e gerenciar relacionamentos a partir de simulacros e não apenas de representações sociais. Como diz o professor Mauro Wilton, é preciso compreender que não precisamos mais do real para gerar uma realidade virtual, apenas a experiência. A realidade virtual pode ser uma simulação, uma nova realidade baseada na representação do real. E os games significam um fabuloso exemplo desta nova relação.
O vídeo abaixo, de Bruce Branit, reforça as provocações que tento revelar neste post. Vale assisti-lo e compartilhá-lo.
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