quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um grupo conservador tentará minimizar o potencial máximo do novo meio

O ciberespaço deve ser totalmente livre? Há limites para o peer-to-peer? Não deveríamos aceitar o fato de que algumas convenções sociais, sobretudo jurídicas, possam regular as relações no ambiente da Internet?

Em entrevista à Folha nesta quarta-feira, Peter Sunde (Pirate Bay) tenta estabelecer algumas respostas, mas que na verdade, devem soar como provocações. As ideias de Marcos Cavalcanti e Carlos Nepomuceno podem contribuir com o debate e a reflexão.

"Também faz parte das lições aprendidas com a chegada de um novo paradigma que um grupo conservador - motivado por diferentes interesses - tente se apropriar do novo meio e impor a ele a visão anterior - impedindo assim que o que existe de mais novo se potencialize.

Niklas Zennstrom lembra que que quando as estações de rádio começaram a tocar músicas obtidas gratuitamente, as gravadoras começaram a processá-las, achando que agora os consumidores de música já não iriam querer comprar um disco numa loja. Mas acho que, hoje em dia, todos concordamos que estações de rádio são boa coisa.

É uma tentativa similar àquela a que assistimos hoje na rede, na discussão dos fornecedores do potencial da Internet, focado na comunicação multidirecional versus aqueles que a interpretam como uma simples convergência de mídia."