quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um modelo de negócios para as Relações Públicas 2.0

Colegas profissionais de comunicação têm me questionado sobre as oportunidades de trabalho e negócios na chamada Relações Públicas 2.0 no Brasil. De fato, quem neste mercado está conseguindo convencer empresas a investir em comunicação e relacionamento na web colaborativa e ganhando dinheiro com isso?

Como já mencionei em outro artigo postado neste blog, as agências de publicidade, mais organizadas, abocanharam este nicho, pelo menos, por enquanto. Há um forte e crescente interesse dos escritórios de RP por este mercado, mas ainda com responsabilidades indefinidas. Ou seja, não há um modelo de negócios consistente.

Da parte dos publicitários, vemos algumas ações de comunicação bem planejadas, estruturadas e eficientes. E, claro, também muitos erros. Mas e os RPs? Quase tudo se resume ao monitoramento da social media – o que consumidores distribuídos entre blogs e redes sociais estão falando sobre organizações e produtos.

Acredito em algo mais desenvolvido. O trabalho do RP no universo da web colaborativa vai muito além. A atividade de Relações Públicas – depois de muito tempo dedicada à imprensa - voltou a ser pública. Este fato é novo e abre um enorme leque de desafios e oportunidades.

A principal delas, no meu entendimento, é atuar na gestão de relacionamento, sobretudo, em parceria com agências de publicidade competentes, em ações e campanhas para fortalecimento e posicionamento de marcas e lançamentos de produtos.

Se as agências de RP quiserem ampliar a sua atuação e gerar negócios terão que investigar e estudar os consumidores online, estar abertas para as novidades e atuar mais de forma colaborativa.

6 comentários:

Flávio Sartori disse...

Olá Rodrigo,
Acho que falta as assessorias entenderem o que é 2.0. Ontem entrei em contato com uma assessoria, que fez enorme estardalhaço ao lançar seu produto 2.0, mas ao questionar o assessor sobre Redes Sociais ele me encaminhou para Responsabilidade Social!.Acho melhor parar por aqui.

Rodrigo Padron disse...

Valeu pela observação, Flávio. Espero que o mercado de RP amadureça.

Anônimo disse...

Falando em tecnologia, sugiro que vc aborde um tema que tem batido na porta dos profissionais que trabalham com Comunicação Interna: o uso do jornal mural eletrônico.

Constantemente somos cobrados para adotar novas tecnologias nos veículos de comunicação... mas sinto que falta maturidade para o uso dessa nova ferramenta.

Fica a sugestão.

Abraço

Thalita

Rodrigo Padron disse...

Oi Thalita. O tema sugerido é bem saboroso. Certamente, será utilizado em um artigo. Mas adianto que a teoria e a prática recomendam a adequação da mensagem e do meio ao público de interesse. Pense se o chão de fábrica em questão está preparado para absorver grandes mudanças. Mas vale uma dica: a demanda por "algo" que facilite e melhore a vidas das pessoas, de alguma forma, já está em nossas mentes. Estou dizendo que, em muitos casos, as novas tecnologias devem ser estimuladas.

Valeu pela idéia.

Anônimo disse...

Rodrigo, sem dúvida o monitoramento da "social media" requer um trabalho perene de aproximação e relacionamento do profissional de comunicação - e isso significa tempo. O trabalho fica, em tese, menos complicado para quem atua em nichos ou segmentos específicos. Acho que o primeiro passo seria lidar com aqueles blogueiros que buscam um trabalho de associação entre si, o que já é muito comum e indica uma vontade coletiva de formar opinião. Há duas ou três semanas, por exemplo, houve um encontro de fotógrafos profissionais e amadores que tiram retratos panorâmicos de SP e montam álbuns no Flickr. Até mais!

Rodrigo Padron disse...

Este é o caminho, Thiago. Concordo com vc. Mais do que medir a audiência, RPs têm a obrigação de identificar os Alfas e Abelhas da blogosfera. Abs