Recentemente, no seminário Comunicação Interna: foco em resultados de negócios, tive a oportunidade de conhecer algumas experiências positivas sobre a utilização de ferramentas da Web 2.0 na comunicação interna de empresas. Lá, conheci o case da HP, por meio da gerente de comunicação da empresa, Luciana Panzuto. Algumas práticas da companhia apontam o que pode ser o futuro da comunicação interna. A HP tem social networking, blog corporativo, Wiki interno e uma versão de YouTube. Tudo, claro, alimentado pelos próprios funcionários, sem regras rígidas.
A adoção de ferramentas 2.0 com esta amplitude só é possível porque o perfil do público interno da HP permite a ampla utilização de novas tecnologias. É o que chamamos de Geração Y, formada por profissionais, na sua maioria, de nível superior, com acesso à internet e domínio do idioma inglês. Mas o ponto fundamental é a aplicação de conceitos na gestão de comunicação, com entendimento das demandas da alta direção da organização e de seus demais colaboradores – lidar com a comunicação de forma estratégica, permitindo a troca de informações e não apenas a disseminação.
O que a área de comunicação da HP entende muito bem é que a comunicação interna é um fator estratégico para o sucesso das empresas porque contribui para os resultados do negócio, é um fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos.
Neste mesmo evento, organizado por Viviane Mansi, em que participei como painelista, fui questionado por um dos inscritos sobre as dificuldades de implantar novas tecnologias em pequenas e médias empresas. Neste caso, podemos afirmar que quanto menor for a empresa, maiores são as oportunidades de mudanças e para as práticas de uma comunicação 2.0. Os movimentos são mais ágeis, não apenas na comunicação, mas em qualquer outro processo.
Levar experiências da Web 2.0 para dentro das organizações é um caminho natural e sem volta. Uma pesquisa feita este ano pela McKinsey prova isso. Empresas estão utilizando mais ferramentas colaborativas. Segundo o estudo, 34% das companhias ouvidas têm blogs corporativos, contra 21%, em 2007. Wikis estão em 32%, ante 24% do ano passado. E mais: 94% das empresas utilizam essas ferramentas na comunicação interna. O desafio é identificar o tempo certo para adotá-las. É importante ressaltar que a tecnologia deve ser estimulada. A demanda por meios que facilitem as relações interpessoais, de trabalho e de sobrevivência são inerentes ao ser humano.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
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3 comentários:
Rodrigo, o legal de contar experiências é que a gente lembra das nossas, né?! Acho que você tocou em pontos cruciais adotados pela HP: organização interna, comprometimento além da disseminação e relações (palavrinha-chave, né?). parabéns por nos trazer tais exemplos.
eu fiz um frila sobre um case parecido que adotou a mesma solução, porém existia intenções. faltou uma "boa estratégia" de envolver, inserir, motivar e evangelizar quem vai participar. e isso não é fácil e precisa de profissional.
eu odeio números. principalmente os que citam adoção de uso de ferramentas do setor pq eles não trazem os desafios. não deixa claro que aquela amostra precisou de um aprendizado, cujos critérios de adoção SIM são números que precisam vir á tona. por exemplo pq o uso da news ao invés do rss, ou pq o uso do email (lista) ao invés do blog, saca? as pessoas usam, mas sabem usar?
Tem uma coisa sensacional que acho que pode ajudar as pequenas: o custo de telecom. quando cara descobre o skype, ele passa a adotá-lo e descobrir que não custa nada e que ele manda arquivo e que ele faz reunião, opa peraí tem quase tudo pra uma pequena empresa. e detalhe: tudo de graça, né! mas será que eles sabem disso? (tomare!)
Oi Ceila. Valeu pela contribuição. O seu último ponto é fundamental. Não é caro adotar - ao contrário do que muitos pensam - incorporar ferramentas 2.0.
Muito bom ler bons exemplos destes casos - até porque todos sabemos que os cases positivos superam em muito, eventuais problemas.
Problemas, limitações técnicas, riscos, fazem parte da vida e devem ser considerados como desafios, previstos e trabalhados. Não podem ser argumento para os "nãopodsman"...
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