Quais seriam os principais erros das organizações em situação de crise? Bem, o contexto de um evento crítico poder ser bem complexo, quase imaginável para quem está do lado de fora, acompanhando os fatos. Varia de acordo com o tipo de crise e o impacto dela na opinião pública. Bem, listei alguns erros que considero bem relavantes, segundo alguns autores e minha própria experiência.Vamos lá:
Seu maior inimigo é você
Em tese, um pronunciamento público (ir para o centro da crise) é recomendável. Mas é importante considerar que nada ou ninguém pode ser mais destrutivo do que nós mesmos. Em momento de artilharia da mídia, de crise muito intensa, não se expor pode ser a melhor estratégia. Tudo o que disser poderá ser distorcido. Avalie o momento, o meio e a mensagem.
Entrar numa briga que não é sua
Avalie o foco da crise para tomar suas decisões. Há situações em que a imprensa quer atingir outro alvo. Mas você será usado para sustentar as denúncias contra os pivôs da crise. Portanto, não entre nessa disputa, tampouco entre numa briga com a mídia neste momento.
Tudo é sempre suspeito
Não acredite que a crise é apenas sua. A mídia pode vasculhar toda a sua vida e também a vida de pessoas próximas do trabalho ou até mesmo familiares. Além disso, a imprensa tende a simplificar fatos e cometer erros de informação.
O absurdo vira realidade
Na lógica do caos, nada pode ser mais verdadeiro do que a voracidade com que se materializam os maiores absurdos. Neste cenário, qualquer especulação ou mentira pode ser usada para atingir sua empresa e seus stakeholders. O nome de sua empresa também pode ser envolvido em negócios que ela não fez ou em fatos que atingiram ex-funcionários, vizinhos, familiares, ex-colegas de escola.
As mentiras não morrem
Não acredite na "morte" das notícias. Mesmo que uma reportagem tenha sido desmentida pela seqüência dos fatos ou pelo próprio acusado, ela pode ressurgir no futuro com o mesmo enfoque, apenas com algum dado complementar.
Ceder a pressões da imprensa
Não ceda a pressões de jornalistas, demitindo ou afastando funcionários, sobretudo, os executivos de sua confiança.
Não contar com uma retaguarda
Conte com o apoio profissional de especialistas e junte todos os documentos possíveis que demonstrem sua inocência e sirvam para sua defesa no momento ou em ações futuras. Não tente consduzir a crise sozinho.
Subestimar sua crise e fatos
Mesmo diante de acusações tolas, aparentemente sem peso, não subestime os fatos levantados pela imprensa ou opinião pública. Eles podem tomar proporções de alcance nacional e atingir a sua vida pessoal e os seus negócios.
Triagem dos documentos
Agir com mais formalidade e respeito nas comunicações. Como explicar aos membros de uma eventual CPI do cartel de seu setor aquelas chamadas telefônicas por dia para um concorrente?
Sem mentiras
Na hora de defender a imagem da companhia, faltar com a verdade pode até funcionar, mas é muito arriscado. Quando perguntado sobre sua empresa, não caia em contradição, tenha argumentos convincentes e sólidos e trabalhe com gente preparada para levar esses argumentos ao público. Fale a verdade. Mas, com sinceradadee, muitas vezes você terá de omití-la.
Respeito à tropa
O público interno precisa ter o que dizer, quando perguntados sobre a crise. A tropa deve conhecer as dificuldades e seus desafios, como forma de se sentir motivada a defender os argumentos da organização.
Atenção com as palavras
Não basta parecer correto. É preciso ser correto. Não adianta defender o meio ambiente e poluir o rio, defender a saúde das pessoas e vender produtos que reduzem a perspectiva de vida. O que você fala tem de combinar com suas práticas e de todos os que trabalham sob seu comando.
Não subestime as mídias sociais
Uma crise surgida ou organizada no ambiente digital pode representar a morte de uma marca, um produto e até da empresa. Potencializados pela internet, consumidores agrupados ganham força e equlibram as relações de poder com organizações e Estado.
terça-feira, 29 de março de 2011
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